Sei que esse não é o melhor momento para se iniciar algo. Torcida abatida, sonho do hexa adiado por mais quatro anos. Mas a minha noite foi mal dormida, devido ao grande empenho de meus neurônios que não pararam de raciocinar sobre o lançamento da minha ideia: Criar um blog que fale de futebol sob a ótica feminina, coisa que os homens acham que entendem bem melhor do que as mulheres. Algo que eu, particularmente, adoro, e entendo pouco, mas gosto de compartilhar meus pensamentos a respeito.
Sobre a eliminação da Seleção, é difícil apontar um culpado. Não se deve tomar essa postura, até porque isso é resultado de um conjunto de erros que foram traçados no decorrer de toda essa preparação, antes mesmo da Copa. Em primeiro lugar, não entendo porque certo ex-jogador, que nunca dirigiu nenhum timinho nem da quinta divisão que fosse, chega logo como técnico da Seleção Brasileira. Não estou desmerecendo o trabalho do Dunga até aqui, apesar de sentir que as constantes brigas e irritações dele, seja com imprensa ou por qualquer outro motivo possam ter, de alguma forma, atrapalhado seu trabalho e, por consequência, o trabalho de sua equipe. Um líder desequilibrado acaba por transmitir essa energia negativa a seu grupo. Sempre o achei despreparado para treinar um time com o porte que nossa Seleção tem, mesmo que na teoria.
Exemplo disso é a ausência de Ronaldinho Gaúcho nessa Copa. Ele fez falta sim. Por mais que seu futebol não esteja 100%, é nessa hora que o talento tem que ser ressuscitado, é esse o momento de mostrar o porquê de estar ali vestindo a camisa verde-e-amarela. RONALDINHO GAÚCHO, esse nome soa alto no ouvido dos adversários, dá medo a quem vai enfrentá-lo. O Dunga não pensou nisso.
O resultado de seu trabalho foi mostrado nesses quatro anos no comando da Seleção. Foram 60 jogos: 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas. Neste período, o treinador conquistou a Copa América, a Copa das Confederações e terminou em primeiro lugar as eliminatórias da Copa do Mundo. Porém, isso não foi suficiente. Esse era o longo caminho a ser percorrido para chegar no Mundial, mostrar o bom e velho futebol brasileiro e trazer a sexta taça. Não conseguimos!